quinta-feira, 25 de agosto de 2011

SPIRITUALS, JAZZ, GOSPEL- um pouco de história

SPIRITUALS

SPIRITUAL é uma das mais conhecidas formas da música popular americana. É uma forma secular de hino, cantado por um grupo de pessoas reunidas  ou enquanto trabalhavam nos campos. Isto explica porque é geralmente cantado em coro ou com um líder.
Os cantores de Spiritual freqüentemente enfatizam o ritmo, batendo com as mãos.   As melodias cantadas no Spiritual, algumas vezes são entendidas como melodias vindas da África, pelo ritmo forte e sentimental.  Porém, a origem do Spiritual deve ser encontrada entre os pregadores viajantes, tanto  branco quanto negro, que juntavam as pessoas em tendas ou mesmo sob o céu aberto, e lhes falavam  sobre a salvação dos pecadores. Uma parte importante dessas reuniões era CANTAR UM HINO.  Os negros trouxeram um talento musical extraordinário ao canto desses hinos: devemos lembrar que na época não existiam muitos livros com letras ou música dos hinos, assim a improvisação era necessária, e os negros eram excepcionalmente ricos na criação musical e tinham um profundo sentimento religioso. Trabalhos em carregamento de navios e nas plantações eram executados cantando-se Spirituals. Os escravos fundamentavam a maioria dos seus Spirituals em caracteres e histórias da Bíblia, e aqui está a origem  das  canções  também conhecidas como “ música Gospel”.
A maneira como essas histórias são contadas nos “ Negro Spirituals” mostra o colorido de sua imaginação e a fé simples. Muitos escravos pensavam neles mesmos como sendo os novos filhos  de Israel e esperavam por um “Moisés” negro para livrá-los da escravidão. Suas canções eram um apelo ardente e sincero. Entre os mais conhecidos  Spirituals estão:  Go down, Moses” e “Deep River”
                                                      GO DOWN, MOSES ( tradicional)
When Israel was in Egypt’s land,
Let my people go,
Opressed so hard they could not stand,
Let my people go,
So The Lord said,

Chorus:
“go down, Moses, way down to Egypt’s land,
Tell old Pharaoh to let my people go”.

So Moses went to Egypt’s land,
Let my people go,
He made old Pharaoh understand,
Let my people go,
“Yes”, the Lord said,

Chorus:
“ go down, Moses, way down to Egypt’s land.
Tell old Pharaoh to let my people go”.

“Thus spoke the Lord”, bold Moses said
Let my people go
“if not I’ll strike your firstborn dead”
Let my people go
Cause the Lord Said

A escravidão foi uma das causas da Guerra Civil. Para a maioria dos americanos do norte,  o mal  era insensivelmente formado no leilão de escravos, onde homens e mulheres eram oferecidos como gado, e famílias eram separadas e vendidas para diferentes compradores.

                                                                            JAZZ
Igual a outros importantes desenvolvimentos musicais, o jazz representa a combinação de vários sons e ritmos musicais.  O jazz desenvolveu-se usando praticamente todas as fontes melódicas e rítmicas encontradas na América. Podemos notar no jazz, traços de canções religiosas, de velhas canções inglesas, das canções dos negros, das danças francesas e do ritmo do “ragtime” ( um gênero de música popular onde o acento da melodia cai justamente antes da batida regular do acompanhamento). Podemos reconhecer também a expressão instrumental africana e o ritmo das danças montanhesas originárias da Inglaterra. Todos esses elementos foram juntados e modificados pelo Negro para produzir a maravilhosa música que chamamos de jazz.
O principal centro para esse desenvolvimento foi New Orleans, e há uma boa razão  para isso.  New Orleans, naquele tempo, era conhecida como a cidade do amor e do divertimento, onde mesmo um músico negro devia que ter um emprego.  Após a libertação dos escravos, muitos encontraram na música um meio de ganhar dinheiro. A razão para esta escolha não é difícil de ser compreendida: primeiramente, muitos negros já eram músicos, e o músico Negro freqüentemente tocava música nas plantações, nas grandes fazendas onde ele trabalhava e morava.  No Sul, nenhuma plantação importante funcionava sem um grupo de músicos negros  que tocavam nas festas. Mais importante, entretanto, foi o fato de que a música era uma das poucas áreas em que o homem negro podia sobressair-se.
 As bandas de rua consistiam principalmente de músicos negros que tinham outras atividades de trabalho e que apenas tocavam durante o seu tempo livre. Eles também aprenderam a tocar seus instrumentos sem nenhum treinamento real. Eles aprenderam  através de um processo contínuo  de experimentação. Deste modo, desenvolveu-se uma nova forma de atuação, cheia de sons estranhos que jamais foram ensinados em escolas de música.  Pouquíssimos  músicos, por exemplo, sabiam ler música.  Eles eram forçados a tocar “ de ouvido”. Isto provou ser uma influência liberal. Eles pegavam  canções e melodias familiares, faziam modificações graças ao ilimitado uso de sua imaginação e habilidade.  Gradualmente, através dessa liberdade de expressão de cada um, desenvolveu- se um novo estilo de atuação. Guiados somente pelo sentimento e emoção do momento, os músicos trouxeram para a sua música, novas combinações de sons.  Trouxeram também, as qualidades e dispositivos  especiais na habilidade de interpretar  sua música.  Na sua apresentação, por exemplo, eles copiaram os sons ásperos e roucos que usavam ao cantar, e fazendo isso, criaram novas espécies de tons instrumentais.
Após a primeira guerra mundial, o jazz americano espalhou-se por toda a parte. O mundo inteiro começou a bater os pés com os novos ritmos e invenções dos músicos da cidade sulista de New Orleans.  O jazz tornou-se incrivelmente popular quando os músicos negros foram capazes de colocar de lado seus instrumentos musicais simples, muitas vezes consistindo somente de um par de ossos, tocados pelo aquecimento de um no outro, e obtiveram instrumentos tradicionais manufaturados.  O nível da expressão musical  alargou-se,  e esse alargamento pediu  um novo estilo musical.
O que começou com bandas de marcha, repentinamente incluiu ragtime, blues, canções sobre trabalho e música para dançar.  Este  expressivo, vivo e inventivo estilo de música desenvolveu-se gradualmente  e  tornou-se conhecido como Dixieland Jazz (o jazz dos estados sulinos dos Estados Unidos).  A forma desenvolveu-se também na Europa,  e o jazz foi modelado de acordo com a inventividade musical dos líderes do jazz como Charles Bolden, “Bunk” Johnson, Freddie Keppard, Sidney Bechet e King Oliver.  Diferente do ragtime, este novo jazz foi prontamente reconhecido como uma importante forma de arte.
(adaptado do Capítulo 4 de “ Jazz” na música popular – John Rublowsky. Edição 1967 Por John Rublowsky, Basic Books Inc. Publishers, New York).

Plantações e Escravidão

No Sul dos Estados Unidos da América, onde as fazendas ou grandes plantações formavam a principal forma de trabalho,  a escravidão do homem negro tornou-se um negócio muito lucrativo. Os traficantes de escravos europeus e americanos  capturavam os negros na África, traziam para a América e os vendiam aos colonizadores  sulistas. Os escravos eram usados nas plantações para colher o tabaco, o algodão, cana de açúcar e fazer todo o trabalho pesado.  As plantações de algodão necessitavam de muitos e muitos escravos  porque a demanda pelo algodão crescia, e assim em poucos anos mais de um milhão de negros foram carregados para a América pelos traficantes.
A vida para esses escravos era intolerável porque a escravatura freqüentemente separava  as famílias negras, tirando as crianças dos seus pais,  os maridos de suas mulheres. Eles viviam em cabanas, a comida era escassa, e recebiam severas punições por  mínima ofensa. Muitas leis eram editadas contra os negros livres e os escravos, por que os colonizadores tinham medo que os negros livres pudessem liderar revoltas.
Em 1860 cerca de 4.500.000  negros estavam nos Estados Unidos e menos de 500.000 eram livres. Alguns compraram sua própria liberdade, mas os negros livres freqüentemente tinham dificuldade para sobreviver. Muitos Estados restringiam as espécies de trabalho onde um Negro poderia ser empregado;  trabalhadores brancos do Norte freqüentemente recusavam-se a trabalhar ao lado de um negro, e estes eram também obrigados a carregar uma licença  e não podiam mover-se para onde quisessem.  Houve alguns movimentos para a abolição da escravatura, como também escritos interessantes como a novela de Harriet Beecher Stowe “ Uncle Tom’s Cabin”
( A cabana do Pai Tomás) que focava nacionalmente o problema da escravidão, mas muitos anos se passaram antes que a escravidão fosse abolida.

                                                       MOVIMENTOS PELA PAZ

Martin Luther King não foi o primeiro homem a organizar uma demonstração de não-violência  contra a segregação racial, a discriminação e a liberdade dos povos.
Muito anos antes, Gandhi havia feito esforços heróicos para libertar a Índia da Inglaterra e empregou uma variedade de técnicas, desde greves gerais a boicotes,
marchas, desobediência civil maciça e resistência passiva e não violenta.
Luther king organizou  muitas manifestações. Em 1963, ele liderou uma grande marcha em Birmingham, Alabama, para protestar contra a discriminação racial e em 28 de agosto do mesmo ano, mais de 200,000 pessoas marcharam com ele em Washington, D.C. exigindo os direitos civis dos negros. Em  parte pelo resultado dessa manifestação maciça, o Congresso passou o Ato Civil de Direitos em l964 e o Ato de Direito ao Voto em l965.
Nos anos 60, grupos pacifistas organizaram marchas e resistência não violenta para manifestando a oposição contra o envolvimento dos Estados Unidos na guerra do Vietnam e também pedindo o desarmamento e o fim da ameaça de guerra nuclear.

WHEN THE SAINTS GO MARCHING IN
Oh when the saints go marching in
Oh when the saints go marching in,
Oh Lord I want to be in that number,
When the saints go marching in.

Oh when the moon goes down in blood
Oh when the moon goes down in blood,
Oh Lord I want to be in that number,
When the moon goes down in blood.

And when the rebel nation comes,
And when the rebel nation comes,
Oh lord I want to be in that number,
When the rebel nation comes.

And when the trumpets have to call,
And when the trumpets have to call,
Oh Lord I want to be in that number,
When the trumpets have to call.

Oh when the saints go marching in
Oh when the saints go marching in,
Oh Lord I want to be in that number,
When the saint goes marching in

Esta canção, tradicionalmente um hino protestante, mais tarde tornou-se uma das maiores canções populares do Jazz. Muitos versos desta canção foram tocados por grandes artistas de jazz, entre eles Louis Armstrong e Lionel Hampton.
A frase “ The Rebel nation” – significa os estados sulinos, os estados escravagistas, que formaram a Confederação durante a Guerra Civil Americana nos Estados Unidos entre 1861 e 1865.


LOUIS ARMSTRONG

Daniel Louis Armstrong nasceu em New Orleans em 4 de Julho de 1900. Sua infância foi muito pobre e difícil. Aos 13 anos  ele foi enviado para um orfanato, aonde ele iniciou sua vida de músico. Na realidade, o instrutor musical do orfanato convidou Luis para juntar-se à banda da escola e Louis tocou tamborim, tambor e  “bugle” ( trompa, corneta ou clarim). Finalmente, ele tentou o cornetim. O jovem tornou-se o maior jazzman de todos os tempos, um gigante entre os músicos americanos de jazz.
Para muitas pessoas ele foi  “Satchmo”, o nome que  recebeu  por acaso quando um editor de um jornal britânico, erroneamente entendeu o nome como “satchelmouth”, originalmente dado a ele pela sua boca muito grande e sorridente. Mas qualquer que seja o nome pelo qual foi conhecido, seu trompete, sua voz grave, seu canto  ‘scat’ (o modo como ele usava sua voz para cantar variações sem ter o que dizer na melodia), aumentou o valor de Louis Armstrong para o mundo.  Por causa de Satchmo, o estilo do Jazz mudou.  Sua influência não somente trouxe uma nova liberdade rítmica ao músico,  e uma ênfase no solista de jazz e não no grupo.   Nunca antes na história da música negra um indivíduo dominou completamente essa arte.
O estilo de Louis Armstrong foi copiado por saxofonistas, trombeteiros, cantores, pianistas e por todos os instrumentalistas  que compõem jazz. Armstrong morreu em 6 de Junho de 1971.


GOSPEL

GOSPEL= EVANGELHO                             GOD= DEUS                                SPELL= PALAVRA

Palavra de Deus, gospe.... um nome moderno para a palavras daquele que vive desde e para todo o sempre!
Gospel é a evolução do Spirituals, que foi anterior ao Blues, cancões envangélicas ou salmos entoados pelos
escravos negros africanos que desembarcavam nos Estados Unidos. 
Os hinos evangélicos com arranjos começaram a aparecer mais ou menos nos anos 20 do século passado.
Contrário aos Spirituals, sua mensagem é de boas novas, mostra a alegria e as bênçãos de se estar vivendo,
agradece o perdão dos pecados e tem o propósito maior de LOUVAR A DEUS ACIMA DE TODAS AS
COISAS. É alegre e ritmado em sintonia com o livro dos Salmos onde diz:  "Façamos uma música alegre para o Senhor, cantemos com voz forte".

fonte: Spiritual - jazz - desconhecida
fonte: Gospel -Toque Teclado Fácil- Daise Publicações Musicais