quarta-feira, 6 de junho de 2012

HISTÓRIA DO RADIO



História Do Rádio
Segundo alguns autores, a tecnologia de transmissão de som por ondas de rádio foi desenvolvida pelo italiano Guglielmo Marconi, no fim do século XIX, mas a Suprema Corte Americana concedeu a Nikola Tesla o mérito da criação do rádio, tendo em vista que Marconi usara 19 patentes de Tesla em seu projeto.
Na mesma época em 1893, no Brasil o padre Roberto Landell de Mouratambém buscava resultados semelhantes, em experiências feitas em Porto Alegre,  no bairro  Medianeira onde ficava sua paróquia. Ele fez as primeiras transmissões de rádio no mundo, entre a Medianeira e o Morro de Santa Tereza.
As primeiras radioemissões
O início da história do rádio foi marcado pelas transmissões radiofônicas, sendo a transcepção utilizada quase na mesma época. Consideram alguns que a primeira transmissão radiofónica do mundo foi realizada em 1906 nos Estados Unidos por Lee de Forestexperimentalmente para testar a válvula Tríodo.

Primeira rádio do Brasil

No ano que comemorou o I Centenário da  Independência do Brasil, ocorreu no Rio de Janeiro, por ser, na época, a capital federal, uma grande feira internacional, que recebeu visitas de empresários americanos trazendo a tecnologia de  radiodifusão para demonstrar na feira, que nesta época era o assunto principal nos  Estados Unidos.
Para testar o novo meio de comunicação, os americanos instalaram uma antena no pico do morro do Corcovado (onde atualmente é o Cristo Redentor).  
A primeira transmissão radiofônica no Brasil foi um discurso do presidente Epitácio Pessoa, no dia 7 de Setembro de 1922, para comemorar o centenário da Independência.  Epitácio Pessoa acompanhado pelos reis da Bélgica, Alberto I e Isabel, abriu aExposição do Centenário no  Rio de Janeiro. O discurso de abertura de Epitácio Pessoa foi transmitido para   receptores instalados em  Niterói,  Petrópolis e  São Paulo, através de uma antena instalada no Corcovado. No mesmo dia, à noite, a ópera O Guarani de Carlos gomes foi transmitida doTeatro Municipal para alto-falantes instalados na exposição, assombrando a população ali presente. Era o começo da primeira estação de rádio do Brasil: a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, fundada por Edgar Roquette-Pinto,  A reação de Roquette-Pinto a essa tecnologia foi: “ Eis uma máquina importante para educar nosso povo”.
Cronologicamente, há registros que comprovam que a primeira emissora de rádio brasileira surgiu com a fundação da Rádio Clube de Pernambuco, em Recife, no dia 6 de abril de 1919.
 Depois da primeira transmissão no Brasil, em 1922, Roquette Pinto tentou convencer o Governo Federal a comprar os equipamentos apresentados na Feira Internacional.Para o bem da comunicação do Brasil, Roquette-Pinto não desistiu, e conseguiu convencer a Academia Brasileira de Ciências a comprar os equipamentos. Foi criada a primeira rádio do país, a  Rádio Sociedade do Rio de Janeiro fundada em 1922, e dirigida por Roquette-Pinto.
Em 1923, são instalados aparelhos receptores na cidade do Rio de Janeiro, idealizada por roquete Pinto. O professor Edgard Roquette-Pinto, que era um homem de grande largueza empresarial, conseguiu sensibilizar o Presidente da Academia brasileira de Ciências, Dr. Henrique Morize, e seus companheiros, Laboriau, Álvaro e Miguel Osório, Álvaro Alberto e outros, nascendo, assim, no dia 20 de abril de 1923, a primeira estação de rádio no Brasil, a PRA-2, Sociedade rádio do Rio de Janeiro, que iniciou seu período regular de funcionamento em primeiro de maio daquele ano.
Depois do sucesso da Exposição do Centenário, a estação transmissora foi utilizada pelos Correios, para transmissões de boletins sobre o clima e sobre os preços do açúcar e do café, entre outras informações. É a primeira referência na utilização do rádio para transmissão de informação no Brasil.
Outras emissoras começaram a surgir não somente com uma programação informativa, mas planejada em primeiros passos para transmitir a nossa música e arte.
As estações de rádios foram sendo instaladas durante toda a década de 20, do século passado, e tiveram características muito semelhantes como empreendimentos comerciais de grupos aficionados do rádio, geralmente de classes mais abastadas. “Uma vez que pagavam mensalidades para manter as estações e cuidavam de fazer a programação doando discos, escrevendo, tocando, cantando e ouvindo eles mesmos”, conforme constata Tavares (1999).
Era como um circuito fechado, que aos poucos foi abrindo suas portas para a participação ser mais popular, começando assim uma nova época, onde o Brasil entrava para a era das comunicações de massa, dos ídolos e mitos populares. Para Roquette Pinto, o rádio é muito mais do que um simples veículo de comunicação: O rádio é o jornal de quem não sabe ler; é o mestre de quem não pode ir a escola; é o divertimento gratuito do pobre; é o animador de novas esperanças; o consolador do enfermo; o guia dos são, desde que o realizem com espírito altruísta e elevado. (ROQUETTE PINTO, FERRARETTO, 2000).


Até os anos 30, do século passado, o rádio expandiu-se por todo o país, transmitindo música e informação. A partir de experiências registradas na Europa, especialmente o movimento nazista na Europa e, nos Estados Unidos, com a campanha de Franklin Roosevelt à presidência da República, o governo brasileiro começou a demonstrar interesse pelo meio.

Em 1932 Getúlio Vargas autorizou, através de decreto, a comercialização de espaços publicitários pelas emissoras e passou a utilizar o rádio para veicular suas realizações e idéias. Com a receita da publicidade, as emissoras investiram em equipamentos e nos funcionários. A conseqüência foi a popularização da programação, o que possibilitou ao rádio viver sua época de ouro, entre os anos 30 e 40, oferecendo, principalmente, entretenimento e informação. A radiodifusão passou a ser uma grande influência em todos os campos, tendo poder decisivo quer no campo econômica, político, social, religioso, cultural e educativo.
Com a evolução tecnológica, nos anos 30, as rádios criaram programas de auditório, o que fez do rádio um veículo popular. Em 1934, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro foi transformada em Rádio Municipal do Rio de Janeiro, popularmente conhecida como rádio Roquete Pinto. As rádios nesta fase se fortaleceram como lançadoras de grandes talentos musicais como Francisco Alves, Vicente Celestino, Dalva de Oliveira, Emilinha Borba, entre outros.

 Censura

Em 1936, os aparelhos de rádio já podiam ser comprados em lojas do ramo. Nesse mesmo ano, a Sociedade Rádio do Rio de Janeiro foi doada ao  Ministério de Educação e Cultura (MEC), que tinha como titular Gustavo Capanema, que comunicou a Roquette-Pinto que a rádio seria incoporada ao tão temido Departamento de Imprensa e Propaganda  (DIP), órgão responsável pela  censura durante a era deGetúlio Vargas.
Roquette-Pinto ficou indignado com a proposta de incorporação ao DIP e exigiu a autonomia da rádio, para preservar a função educativa que ela tinha. Roquette Pinto ganhou a disputa, e  a Rádio Mec mantém até o hoje o mesmo ideário. Consta que, ao se despedir do comando da emissora que fundara, sussurrou chorando ao ouvido da filha Beatriz: "Entrego esta rádio com a mesma emoção com que se casa uma filha".
Na década de 50, o rádio difundiu as transmissões esportivas, como a Copa de 58, todos torceram pelo Brasil através do rádio. Em 1953, haviam números que identificaram a existência de cerca de 500 emissoras de rádio no país e quase meio milhão de aparelhos receptores.


 fonte: enciclopédia Wikipédia

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